sábado, 6 de fevereiro de 2021

HPV - Saiba mais sobre a vacina como forma de proteção

 

O tema vacinas está em pauta em todo mundo, o que traz alguns avanços contras os movimentos anti vacinas, com tanta informação gerada pela vacina contra o novo coronavírus o que mais se entende é que muitas vezes a vacinação é a única forma de combater algumas doenças, ou pelo menos minimizar os danos causados quando se contrai o agente infeccioso.

O alerta aqui é para uma vacina já disponível no SUS (Sistema Único de Saúde) mas que não apresenta boa adesão da população. Vamos falar um pouquinho sobre a vacina do HPV (Papiloma Vírus Humano).

O HPV é um vírus altamente contagioso e seu principal meio de transmissão é via sexual mas, não é o único, o contato com a mucosa infectada também é via de contaminação. Conhecido também com a doença das verrugas, o HPV causa essas lesões que têm aparência de couve flor. O quadro mais preocupante é quando a infecção viral se torna persistente e causa o câncer, nas mulheres, o câncer de colo de útero que é, segundo o Instituto Nacional do Câncer, o terceiro tumor maligno que mais acomete a população feminina.

Desde 2014, a vacina está disponível no SUS inicialmente somente para as meninas, porém, em 2016 o SUS liberou as doses também para os meninos. A faixa etária para ter acesso a vacina é de 9 a 14 anos para meninas e de 11 a 14 anos para meninos. De apresentação injetável, a vacina Quadrivante (que protege contra 4 tipos de vírus) é feita em um esquema de duas doses com intervalo de 6 meses entre as doses.

Existem situações especiais para aplicação da vacina em pessoas que tiveram outros cânceres, fizeram transplante de órgãos ou são portadores do vírus HIV têm acesso à vacina de 9 a 26 anos em um esquema vacinal de três doses. 

Na rede particular, a faixa etária também muda para mulheres de 9 a 45 anos e para homens de 9 a 26 anos. O esquema é de duas doses para a faixa etária de 9 a 14 anos 11 meses e 29 dias e de três doses para pessoas a partir de 15 anos. 

A ideia de melhor eficácia é iniciar o esquema vacinal antes da primeira relação sexual pois, é cientificamente comprovado melhor resposta imunológica.

As contraindicações são: gravidez, alergia a algum componente da vacina, febre no dia da vacinação.  

Dentro da rede particular, além das vacinas bivalente e quadrivalente, tem a opção da nonavalente que protege contra nove tipos de vírus, essa mesma vacina também foi aprovada para prevenção de tumores de orofaringe, como esse câncer é causado na maioria dos casos pelo vírus 16. Segundo especialistas essa vacina foi aprovado nos EUA, pois é a única vacina disponível no país, o que não significa que as outras vacinas que também tem esse vírus em sua composição não seja tão eficaz para combater esse tipo de câncer, é a  medicina buscando sempre evoluir com a prevenção em foco.

Vale lembrar que a vacina protege contra os principais tipos de HPV que causam câncer de colo de útero, mas não substitui as ações de proteção para uma vida sexual segura como: usar preservativo, manter os exames de controle, neste caso o papanicolau, e realizar o check up anual ou conforme orientação médica.

Se ficou curioso e quer saber mais sobre a vacina do HPV, entre em contato com a Secretaria Municipal de Saúde para mais informações.

Cuide-se!

Especialista em urgência e emergência e gestão de pessoas.

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